Entrevistas

Coordenadora pedagógica do PPJA fala das atividades do programa
11/08/2010 - Maria Ivanilde Meneses de Oliveira

1. Qual o objetivo do Programa Petrobras Jovem Aprendiz?

Ivanilde – O Programa Petrobras Jovem Aprendiz – PPJA tem como objetivo desenvolver um programa educacional inovador para jovens, em situação de vulnerabilidade social e econômica, que articule de forma criativa a educação básica, a qualificação social e profissional, visando promover sua inclusão social e contribuir para sua melhor inserção no mundo do trabalho.

2. Quantos jovens são atendidos pelo projeto na edição 2010 do PPJA?

Ivanilde – Nessa segunda edição, são atendidos 160 jovens residentes nos municípios de: Aracaju, Nossa Senhora do Socorro, São Cristóvão, Barra dos Coqueiros, Maruim, Laranjeiras, Rosário do Catete, Carmópolis, Japaratuba, Umbaúba, Estância e Itaporanga.

3. Como e quando foi feita a seleção?

Ivanilde – Para dar inicio ao processo, a equipe técnica junto à coordenação e diretoria da SEMEAR elaboraram um plano de ação que foi apresentado aos coordenadores do comitê local da Petrobras, responsáveis pela gestão do PPJA. Após a apresentação da proposta e orientações finais da Petrobras, demos inicio ao processo seletivo com a divulgação dos dias e locais em que seriam efetuadas as inscrições. Após as inscrições foram selecionados os jovens que deveriam comparecer para as entrevistas e, finalmente, os jovens receberam a visita da equipe do PPJA para entregar o comunicado que o jovem informando que deveriam comparecer à SEMEAR para entregarem os documentos necessários e realizarem os exames admissionais.

4. Quais critérios foram estabelecidos?

Ivanilde – Para esta edição, a Petrobras optou por contratar jovens com a faixa etária entre 17 a 19 anos, matriculados e frequentando regularmente a rede pública de ensino e cursando a partir da 9 ª série da educação básica.

5. Houve dificuldade em selecionar os jovens?

Ivanilde – Sim, pois da mesma forma que na primeira edição, a demanda foi bem maior que a oferta. Por esse motivo, foi necessário estabelecer outros critérios entre eles, limitar o máximo de 1000 inscrições para selecionar os 160 jovens.

6. Qual o período de duração do programa e quais são as etapas?

Ivanilde – O PPJA tem duração de 02 anos e em Sergipe está dividido em 02 etapas: Formação básica e formação profissional.

7. Quantas turmas existem? Quais os critérios de divisão das turmas?

Ivanilde – Na primeira etapa os jovens foram divididos em 05 turmas sendo 03 no turno da manhã e 02 no turno da tarde. Na segunda etapa os jovens ingressarão no SENAI em curso de aprendizagem que foram ofertados de acordo com a solicitação da Petrobras e opções feitas pelos jovens aprendizes.

8. Quais são as atividades que são desenvolvidas com os jovens?

Ivanilde – Na primeira etapa os jovens passam por uma preparação para ingressarem em curso de aprendizagem. É o início de sua formação profissional, ocasião em que o jovem é incentivado a exercer sua cidadania, desenvolver-se pessoal e socialmente. É também nessa fase muitos utilizam pela primeira vez o computador com ferramenta de interação. Os jovens tem ainda aulas de português, matemática e informática de forma a minimizar suas dificuldades quando ingressarem no curso de aprendizagem no SENAI.

9. Após o início das atividades, quais as maiores dificuldades?

Ivanilde – Dentro da proposta do PPJA, creio que um dos maiores desafios é estimular o jovem a ser protagonista e fazê-lo se perceber como principal responsável pelo seu desenvolvimento. Tentamos também democratizar ao máximo as decisões entre a equipe técnica e os jovens, isso também é uma tarefa árdua, exige a todo o momento uma reflexão se estamos atuando conforme nossa proposta de gestão institucional.

10. Como é a relação entre educadores, monitores e jovens?

Ivanilde – Os educadores são os responsáveis diretos pelo desenvolvimento de cada aula. Para tanto, contam sempre com o apoio da coordenação pedagógica e dos monitores, sendo estes últimos, os educadores responsáveis pelo acompanhamento dos jovens em todas as etapas do PPJA. Nesse sentido, creio que a relação entre os educadores e monitores seja baseada em respeito e cooperação com foco no desenvolvimento dos jovens. Quanto aos jovens, penso que eles têm uma relação de respeito e admiração pelos os educadores e com os monitores, essa relação se estreita um mais já que estes acompanham os jovens em todas as etapas do Programa sabem que podem contar com o apoio deles sempre que necessitarem.

11. Quais as principais mudanças que você observou nos jovens nessa primeira etapa?

Ivanilde – De forma geral, eles estão mais comunicativos, preocupados com sua aparência. Como não estou no contato diário com os jovens durante a execução de suas atividades, o acompanhamento das mudanças são sempre a partir das informações trazidas pela equipe técnica, leitura dos relatórios sobre o desenvolvimento pessoal e social, portfólios e avaliações feitas pelos jovens sobre a atuação da coordenação e equipe técnica e infraestrutura da SEMEAR para execução do PPJA. Após essas análises, percebo que eles se desenvolveram bastante em relação à forma de se expressarem e de se posicionarem de forma crítica em relação a determinadas questões. É importante destacar os relatos dos responsáveis pelos jovens nas primeiras reuniões que realizamos. Segundo familiares, eles estão mais responsáveis com seus horários, estudos, estão dialogando mais. Estes relatos vêm sempre acompanhando de muita emoção, o que nos dá a sensação de que estamos cumprindo também nossos objetivos institucionais.

 
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