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EXALTAÇÃO AO CAJU Carlos Roberto Britto Aragão
Quando falamos de caju, vem a nossa memória a presença de algo suculento, rico em vitaminas (principalmente a C) e ferro, que nos permite preparar um delicioso e refrescante suco, chamado de cajuína para alguns e, quando destilado pode produzir uma surpreendente aguardente ou cauim. O que falar do doce de caju nas mais variadas formas e sabores. E a sua castanha, que ao sair da sua casca, nos surge como uma das mais apreciadas iguarias da culinária brasileira, seja na sua versão natural, salgada ou doce. O caju é tão versátil que até mesmo o seu resíduo/bagaço pode ser transformado em uma saborosa “carne de caju”. Quando falamos de caju, sobretudo, para aqueles que têm o prazer de desfrutar da sua brisa, no seu calor aconchegante, da sua gente amigueira; vem de imediato a lembrança e a convivência diária com a nossa Aracaju. Como o Estado de Sergipe (si`ri-i-pe que significa “rios dos siris”), o topônimo da nossa capital Aracaju tem, também, sua origem na língua tupi, através da junção dos termos gûyrá (``pássaro``) e akaîu (``caju``), significando, portanto, ``caju de pássaros” ou “cajueiro dos papagaios”. Quando falamos de caju, surge de imediato no meu imáginário artistisco o nome do sergipano de Capela, Ismael Pereira, que, entre outros temas, retrata o caju por duas razões bastante significativas. Primeiro, por conta da paixão a primeira vista que todos nós, não aracajuanos de berço, temos quando nos encontramos com essa bela e acolhedora cidade. Segundo, pela própria identificação/semelhança do artista com o fruto retratado, já que, Ismael é, sem dúvida, um artista multifacetário, multicolorido e, sobretudo, doce e fascinante. É com muito prazer, que a Sociedade Semear, em parceria com a Petrobras, apresenta a exposição “Exaltação ao Caju”, onde é retratado com maestria a beleza da natureza (o caju) e a criatividade humana (Ismael Pereira).
FONTE: Catálogo : Exaltação ao Caju /Ismael Pereira - Ultima Atualização: 27/04/2014
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