No próximo dia 07 de abril a galeria Jenner Augusto apresenta a exposição “Pinaúnas, estilhaços de estrelas”, do artista baiano Guel Silveira, com curadoria de Mário Britto e Zeca Fernandes e expografia de Lilia Duarte. A abertura acontece a partir das 19 horas, na Sociedade Semear. Pinaúnas, mostra uma nova fase do artista, que apresentará 25 trabalhos inspirados na vida marinha.
Mesclando tintas acrílicas sobre tela e sobre papel, Guel apresenta um trabalho maduro, limpo, emocionante belo e com resultados bem diferentes. A coloração mais comum é o negro, mas são frequentes os tons relativamente discretos de verde, castanho, púrpura, azul e vermelho. Em alguns trabalhos, o artista coloca relevo (uma textura com cola e outros elementos da natureza), objetivando que o espetador veja/sinta como as pinaúnas/estrelas saem das telas em busca da liberdade. Em outros trabalhos, o artista usa pincéis zero e, em referência aos mestres Georges Seurat, Camille Pissarro e o próprio Portinari, vale-se da técnica do pontilhismo para demonstrar o quanto são infinitos o céu e os mares.
Para Guel, o equilíbrio da composição é a base de tudo; o desenho, a essência do trabalho e a cor, encontrada na natureza que o circunda, a protagonista principal. Em sua pintura, sempre há uma nítida tendência para “abstrair” e os temas são sugeridos, velados, não identificados, ficam à mercê do subjetivismo do observador, que, diante de cada obra estabelece, instantaneamente, uma interação com ela.
“A qualidade de um pintor depende da quantidade de passado que traz consigo", nesse toar e anuindo com as palavras do mestre Picasso, podemos concluir, indubitavelmente, que esta afirmativa se aplica a Guel Silveira. Quanto mais conhecemos as suas obras, mais admiramos a sua arte e, por conseguinte, o artista”, comenta Mário Britto.
A exposição ficará em cartaz até o dia 06 de maio. As visitas podem ser feitas de segunda à sexta, no horário comercial. Entrada gratuita.
Sobre GUEL
Nascido na cidade de Salvador/BA, no dia 03 de abril 1955, desde tenra idade, Guel viveu em um ambiente favorável às artes. Foi na convivência paterna — o artista sergipano Jenner Augusto— e com grandes estrelas da cena cultural brasileira, que ele consolidou a sua vocação. Tintas, pincéis e obras de arte sempre fizeram parte de seu universo. Não poderia o artista ter tido melhor escola.
Começou a carreira como gravador. Posteriormente, pintou abstrato, passando pela figuração lírica; excursionou na técnica do “spray”; trabalhou com afinco o papel colado sobre eucatex; inovou com papel e tinta em jato aerográfico; fez xilogravura e retornou, retumbante, ao abstracionismo, estética constante e predominante em sua iconografia.
Em 1974, com apenas 19 anos, Guel participou, em São Paulo, de uma exitosa exposição coletiva realizada na respeitada “A Galeria” e, em 1975, fez a sua primeira exposição individual no Museu do Estado da Bahia, em Salvador. Tem exposto, regularmente, em diversas cidades no Brasil, a exemplo de Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador, Brasília, Belo Horizonte, Curitiba e Aracaju. Em 2013, em Salvador, lançou o livro “Guel Silveira” e, em 2014, em Aracaju, o livro “Dobras", por mim organizado.
Na Europa, em 2014 e 2015, participou, a convite de Heloiza Azevedo, do Salon Professionnel dArt Contemporain du Carrousel du Louvre, na Heclectik – Art Galerie, em Paris; e, em 2015, realizou exposição na Embaixada do Brasil, em Viena, por ocasião do Brasilianisches Kulturfestival Wien, organizado por Vanessa Noronha Tolle.
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