A Associação para a Proteção da Mata Atlântica do Nordeste (AMANE) e a Sociedade para a Proteção de Aves (SAVE-Brasil) realizaram, no dia 26 de abril, em Olinda (PE), o 1° Seminário do Projeto Corredor da Mata Atlântica do Nordeste. Além de apresentar o projeto, o encontro teve como objetivo discutir sobre a metodologia a ser adotada para a definição de um corredor de biodiversidade na Mata Atlântica do Nordeste, instalação do Conselho Gestor e definição dos planos de monitoria. O Diretor de Meio Ambiente da Sociedade Semear, Waldson Costa, esteve participando do evento.
Durante todo o dia gestores de Unidades de Conservação da Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte trocaram experiências e compartilharam uma intensa programação. Ao todo foram 18 organizações que participaram do Seminário, dentre órgãos estaduais de meio ambiente, ICMBIO, representante do setor sucroalcooleiro e organizações não governamentais. A diretora executiva da AMANE, Dorinha Melo e o diretor de conservação da SAVE Brasil, Pedro Develey, apresentaram o projeto Corredor da Mata Atlântica do Nordeste e falaram entre outras coisas sobre restauração florestal, áreas importantes para a conservação de aves (IBAS) e ações pilotos desenvolvidas na Serra do Urubu/PE e Murici/AL através dos centros de educação. Em vista da grande carência de dados sobre as espécies biológicas no Nordeste e da necessidade de mapear, obter e armazenar dados sobre essa biodiversidade, o Consultor em Geoprocessamento, Matheus Dantas, mostrou a importância e metodologia a ser aplicada para a criação de um banco de dados biológico e geográfico para o Corredor. Odiretor do Programa para a Mata Atlântica da Conservação Internacional, Luiz Paulo Pinto, explicou de que forma um corredor de biodiversidade pode ser estratégico para a conservação, ressaltou a necessidade de integração entre asunidades de conservação (UCs) e diferenciou corredor de biodiversidade de corredor ecológico. Falou também sobre o processo de planejamento, apresentando modelos esquemáticos e apontando instrumentos necessários para a implementação de um Corredor, como a necessidade de mobilização e parcerias; comunicação e educação ambiental; construção de capacidade técnica institucional local e regional; modelagem espacial e construção de cenários; geração de conhecimentoe monitoramento da biodiversidade; criação e implementação de UCs públicas e privadas; incentivo a atividades sociais e econômicas sustentáveis e diálogos setoriais. Para pontuar diferenças, o coordenador técnico da AMANE, Bruno Paes, explicou o que são corredores ecológicos para o Ministério do Meio Ambiente. O projeto Corredores está sendo realizado pela AMANE e SAVE-Brasil em parceria com a Conservação Internacional (CI- Brasil), Monsanto, Centro de Pesquisas Ambientais do Nordeste (CEPAN), Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Instituto Amigos da Reserva da Biosfera (IA-RBMA), com apoio do Subprograma Projetos Demonstrativos do Ministériodo Meio Ambiente (PDA-MMA).
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