Aconteceram na última segunda-feira (17), em Brasília (DF), a abertura da exposição e o lançamento do livro JENNER: CORES DE UMA VIDA, de Mário Britto e Zeca Fernandes, e o lançamento do mais novo romance do advogado, idealizador da Sociedade Semear e ex-presidente da OAB, Cezar Britto, UM LUGAR LONGE DO MUNDO, que apresenta em sua capa uma obra de Jenner. O grandioso evento foi realizado no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sendo prestigiado por grandes personalidades do cenário político nacional, amigos e familiares dos autores, além dos familiares de Jenner Augusto, a exemplo da viúva de Jenner, Luiza Silveira. Também estiveram presentes o Diretor Presidente e a Diretora de Cultura e Artes da Semear, Carlos Britto e Cita Domingos, respectivamente. O evento é uma realização do Banco do Brasil e Governo Federal, com produção cultural da Sociedade Semear e Zeca Fernandes – Escritório de Arte. Quem for a Brasília pode conferir a exposição em cartaz até o dia 07 de outubro no CCBB. AS OBRAS Os quadros de Jenner Augusto estão espalhados por todo o mundo, mas a mostra do CCBB Brasília é feita com obras de coleções de brasileiros, sejam familiares ou admiradores do trabalho do artista. Dentre eles: Luiza Silveira e Zeca Fernandes, respectivamente, mulher e neto do artista; e de colecionadores como: Mário Britto, Cezar Britto, Ibaneis Rocha, Gabriela Rollemberg, o casal Vera e Luiz Coimbra, e o casal Jane e Nilton Correia. No total, 20 obras de diferentes fases - desde a década de 50, na qual se observa uma forte influência de Portinari, até quadros da última fase de Jenner (1999), a exemplo do “Índio e Pássaro”, da coleção de Cezar Britto. Há, ainda, quadros com natureza-morta, paisagens, marinhas e alagados, um dos temas mais recorrentes e mais conhecidos do artista. Para completar a mostra, três importantes painéis da iconografia de Jenner: “Cangaceiros”, da coleção de Cezar Britto, “A Estação” e “A Patida e o Cego da Cachorro”, ambos pertencentes a Ibaneis Rocha. SOBRE JENNER: Jenner Augusto, nascido em Aracaju (SE) e filho de uma professora, era acostumado a mudar de cidades no interior do estado e, assim, vivenciar diferentes cenas do cotidiano. Anos depois, elas se tornariam inspiração para suas temáticas. Começou sua jornada desde bem jovem, ao descobrir a obra do conterrâneo Horácio Hora. Aos 25 anos, ele realiza uma pioneira manifestação de arte moderna na cidade natal: decora o bar Cacique com pinturas claramente influenciadas por Cândido Portinari. Até hoje, é possível ver as cores vibrantes de Jenner nas paredes do bar. O artista se muda para Salvador, onde se torna integrante do movimento de renovação das artes plásticas na Bahia, junto com Mário Cravo Júnior, Genaro de Carvalho, Carybé, Lygia Sampaio e Rubem Valentim. Depois, vai para o Rio de Janeiro, onde conhece pessoalmente Portinari e José Pancetti e ambos o impulsionam no meio artístico com a divulgação de suas obras. Ilustrou o livro de Jorge Amado, “Tenda dos Milagres”. A arte de Jenner consegue fundir conceitos do expressionismo e do cubismo, resultando em uma demonstração única de cenas cotidianas de cidades no interior do estado.
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