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OLHAR DA CURADORA - Fábio Sampaio
Lilian França

Currículo resumido:


Fábio Sampaio,1971, Santos-SP, vive e trabalha em Aracaju desde 1991. O artista teve as seguintes premiações: 2º lugar Festival de Murais, 1990 (Santos-SP); 1º lugar Salão dos Novos, 1993 (Aracaju-SE); 1º lugar XII Salão Nacional de Arte Contemporânea da Universidade Federal de Sergipe,1998. Entre as exposições individuais se destacam: 1998, Brasil@net, SESC (Aracaju-SE); 1999, As Quatro Estações, Espaço Cultural Yazigi (Aracaju-SE); 2000, Previsões Para uma Nova Estação, SESC (Aracaju-SE); 2008, Transaparências, Galeria Jenner Augusto (Aracaju-SE). Entre as coletivas chamam a atenção: Palacete Gentil Braga – UFMA (São Luís–MA); Sociedade SEMEAR (Aracaju-SE); Espaço Cultural do STJ (Brasília-DF); Espaço Cultural Parangolé (Brasília-DF); I Salão Cataguazes, MG;; VIII Bienal Nacional do Recôncavo Baiano; Centro Cultural Dannemann (São Félix-BA); Galeria da Petrobras ( Rio de Janeiro-RJ). Fábio Sampaio realizou ainda diversas intervenções urbanas e participou da Segunda Bienal de Arte Contemporânea (Florença- Itália).


Sobre as obras:

Fábio Sampaio é um artista jovem, que muito cedo já obteve um reconhecimento internacional, com a participação na Bienal de Arte Contemporânea em Florença, na Itália. A força de sua obra não está no texto direto, cru, agressivo. Ele reúne pequenos elementos do interior de sua casa/vida/mundo, e os compões em obras intimistas e desestabilizadoras. Suas casas transparentes são compostas de camadas sobre camadas, cada uma abrindo espaço para uma leitura em palimpsesto, que escava as miudezas que tanto nos incomodam. Seu “raio x” revela os instestinos contorcidos, por onde trafega a matéria descartável, mas também aonde são absorvidas as partes boas dessa matéria, nos enredando num jogo dialético de bem e mau, necessário ou não. Além do branco, preto e nuances de cinza, Fábio pontua com vermelho e verde seus trabalhos, cores complementares que continuam o jogo de oposições que nos coloca em xeque e nos faz pensar. Seu universo é o interior, embora ele possa ser expresso na forma de grandes painéis ou intervenções urbanas que “param cidades” como um dedo apontato para a “cara’ de cada um. Transparentes as casas que Fábio apresenta são o reverso de paredes opacas e instransponíveis. Sem pudor, trás para o primeiro plano tudo o que em geral se tenta ocultar dentro do angusto espaço de quatro paredes e uma vida.

FONTE: Catálogo Desfiando o Rosário - Ultima Atualização: 28/12/2010

 
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