O Programa Petrobras Jovem Aprendiz (PPJA) comemorou
o primeiro ano de atividades da 4ª edição com a apresentação da peça “Mulheres que ousam escolher”, baseado no
livro de mesmo nome de autoria de Cezar Britto. A apresentação, que aconteceu
no dia 25 de maio no auditório da Sociedade Semear, teve como atores 12 jovens
da edição atual do Programa e direção de Eliana Valadares e Elvanir Britto.
O livro “Mulheres
que ousam escolher” trata da realização de um
encontro fictício, que ressalta a participação ativa da mulher na construção da
história, em todas as suas variantes (politica, religião, música, movimento
feminista, revolução, literatura). Mulheres que aboliram de seu coração o
sangue contaminado da omissão são apontadas durante o encontro, bem assim seus
sonhos e ações em defesa da pessoa humana e da igualdade entre todos os
gêneros, todas as raças e todas as crenças.
Dentre mais de 200 mulheres citadas no
livro, foram escolhidas 15 mulheres de grande destaque no cenário brasileiro e
mundial. Foram elas: Cora Coralina, Sara Bernhardt, Núbia Marques, Anita
Garibalde, Aretha Franklin, Tahirih, Chiquinha Gonzaga, Madre Tereza de
Calcutá, Clementina de Jesus, Carmem Miranda, Indira Ganghi, Maysa, Martha Graham,
Myrtes Gomes de Campos e Pagu.
Segundo Cezar Britto a interpretação
feita pelos jovens do Programa Petrobras Jovem Aprendiz é uma forma de inclusão
social. “Primeiro a obra tenta falar em
inclusão. Temos no Brasil e no mundo uma clara exclusão das mulheres. Elas não participam
das politica, não recebem os mesmos salários, são vitimas da violência. E uma
das formas do machismo trabalhar é a clandestinidade, não mostrar o que as
mulheres fazem, dando a entender que só os homens fazem e mudam a historia. A
peça mostra isso, e quando é interpretada por outro grupo de excluídos que são
os jovens que não foram premiados com a fortuna econômica, embora contemplados
com a fortuna do saber e da felicidade, você casa as duas coisas. Você permite
falar em inclusão de gênero e inclusão social. Então, quando um grupo de jovens
se inclui neste projeto eu fico extremamente feliz. Trabalhando para mostrar
pra outras pessoas que é possível fazer um mundo melhor, que é possível um
mundo mais igual”, comenta Britto.
Os ensaios para a apresentação começaram
no mês de março. Para os jovens foi um desafio enorme, já que eles nunca
tiveram experiência em atuar. “A parte
mais difícil foi decorar o texto. Como minha personagem era a mestre de
cerimônia da conferência, meu texto era muito grande. Mas com dedicação decorei
tudo, coloquei emoção e fiz a interpretação”, disse a jovem aprendiz
Fernanda Siqueira.
Estavam presente os 160 jovens da edição
atual do PPJA, o Gerente de Comunicação da Fafen/SE, João Bosco da Silva, o
Diretor do DASE, Fábio Leite (representando a Secretaria de Educação do Estado
de Sergipe), a Diretora do Teatro Atheneu, Salete Martins e a equipe pedagógica
do PPJA.
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