Fonte: Portal da Prefeitura de Aracaju
O Conselho Municipal do Meio Ambiente (CMMA)
realizou no dia 26 de maio a 1ª reunião extraordinária para deliberar sobre a
composição das câmaras técnicas permanentes do CMMA. Na reunião, os
conselheiros participaram de duas apresentações sobre a resolução para o
cadastro dos transportadores de resíduos da construção civil e volumosos e
sobre a coleta seletiva em Aracaju.
A primeira palestra foi ministrada pelo coordenador
de Saneamento Ambiental da Sema, Américo Souza, que abordou as problemáticas da
deposição incorreta dos resíduos da construção civil e volumosos.
"Observa-se que há um ciclo de eventos
realizados por munícipes civis e empresários ligados diretamente ou
indiretamente à construção civil. Ecossistemas inteiros estão sendo destruídos
aos poucos pelas pressões antrópicas. Além do problema constante do descarte
irregular de resíduos sólidos, também existe um problema constante na deposição
de resíduos líquidos tais como efluentes domésticos", explicou.
De acordo com o coordenador, as áreas consideradas
de grande incidência de deposição irregular são: loteamento Marivan, Linha
Amarela (Rota de Fuga), Bairro Coroa do Meio e Avenida Euclides Figueiredo.
"Essas deposições promovem diversas conseqüências ao meio ambiente e a
população como o conseqüente aumento da proliferação de vetores e disseminação
de doenças. Por isso, a necessidade do cadastramento de transportadores e
geradores de resíduos, com o intuito de favorecer a proteção e o equilíbrio ao
meio ambiente do município de Aracaju", concluiu.
Já, a palestra sobre a coleta seletiva, foi feita
pelo presidente da Central Recicle, Adriano dos Santos. Através da palestra foi
possível conhecer a realidade dos lixões e dos antigos catadores, agora
cooperados de centros de reciclagem. "O que chama mais atenção em lixões é
o numero de crianças. Os catadores precisam entender a necessidade de fechar os
lixões para mudar a vida deles. Com o fechamento as prefeituras irão criar
cooperativas e implantar a coleta seletiva. É nesse sentido que temos
sensibilizado esses catadores", pontuou Adriano dos Santos.
O presidente da Central Recicle abordou o surgimento
da Care e o avanço da cooperativa ao longo dos anos e a criação da Coores com o
fechamento do lixão do Santa Maria pela Prefeitura de Aracaju. "A Care
passou por muitas dificuldades no inicio e muitos catadores não queriam entrar
na cooperativa. O início é sempre difícil, pois é um processo gradual. Hoje, a
Care mantém os cooperados e suas famílias. Já a Coores por ser nova, ainda está
com poucos cooperados, mas estamos tentando implantar uma forma de se trabalhar
em rede, unindo as parcerias da Care e Coores", acrescentou.
O secretário do Meio Ambiente de Aracaju e
presidente do CMMA, Eduardo Matos, lembrou que a consolidação e fortalecimento
da coleta seletiva depende da sensibilização das pessoas quanto ao tema.
"Inserir a população na temática é ainda um desafio, pois quando marcamos
reuniões em condomínios para coleta seletiva vemos que poucas pessoas
participam", disse. O presidente da Central Recicle complementa. "Por
isso, trabalhar a coleta seletiva é difícil. As pessoas dizem que gostam do
tema, mas são poucos que separam o material e quando fazem é de maneira
incorreta. Percebemos certa indiferença com o tema. A coleta é importante para
o catador garantir a renda".
Sobre as Câmaras Técnicas Permanentes, estas serão
compostas pelas entidades representadas pelos conselheiros, observado o
critério de representação paritária, de 4 a 8 integrantes, por indicação do
presidente e aprovação do Plenário do CMMA. As câmaras são: Agenda 21
Municipal; Saneamento Ambiental; Patrimônio Hídrico; Educação Ambiental;
Zoneamento Ambiental; Fiscalização Ambiental e Gestão de Unidades de
Conservação e Proteção da Paisagem; Especializada em Recursos Administrativos e
de Apreciação de Assuntos Jurídicos.
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