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Reflexão sobre Poder e Autoridade
Ailton Rocha

Max Weber, um dos fundadores da sociologia, em seu livro chamado ``A teoria da organização econômica e social`` enunciou as diferenças entre poder e autoridade, e essas definições ainda são amplamente usadas hoje.

Liderança é a habilidade de influenciar pessoas para trabalhar entusiasticamente visando atingir os objetivos identificados como sendo para o bem comum.

Poder é a faculdade de forçar ou coagir alguém a fazer sua vontade, por causa de sua posição ou força, mesmo que a pessoas preferisse não o fazer.

Autoridade é a habilidade de levar as pessoas a fazerem de boa vontade o que você quer por causa de sua influência pessoal.

Paradigmas são simplesmente psicológicos, modelos ou mapas que usamos para navegar na vida. Nossos paradigmas podem ser valiosos e até salvar vidas quando usados adequadamente. Mas podem se tornar perigosos se os tomarmos como verdades absolutas sem aceitarmos qualquer possibilidade de mudança, e deixarmos que eles filtrem as novas informações e as mudanças que acontecem no decorrer da vida. Agarrar-se a paradigmas ultrapassados pode nos deixar paralisados enquanto o mundo passa por nós.

A liderança que vai perdurar deve ser baseada na influência e na autoridade. A autoridade sempre se estabelece ao servir aos outros e sacrificar-se por eles. O serviço que prestamos tem origem na identificação e satisfação das necessidades legítimas.

O líder tem o deve de fazer com que as pessoas se responsabilizem por suas tarefas, apontando as suas deficiências.

A liderança é construída sobre autoridade ou influência, que por sua vez são construídas sobre serviço e sacrifício, que são construídos sobre o amor. Então, por definição, quando vocês lideram com autoridade serão chamados a doar-se, amar, servir e até sacrificar-se pelos outros.

Quando Jesus fala de amor no Novo Testamento, usa a palavra ágape, um amor traduzido pelo comportamento e pela escolha, não o sentimento do amor.

O bom é que, quando estamos comprometidos com o amor a Deus e aos outros, e continuamos a investir nesse sentido, comportamentos positivos acabarão produzindo sentimentos positivos, algo que os sociólogos chamam de práxis. Os sentimentos virão em conseqüência do comportamento.

Quando punimos uma pessoa publicamente, é obvio que a envergonhamos na frente de seus amigos, o que é uma enorme retirada de nossa conta como pessoa. Mas, além disso, quando humilhamos alguém em público, também fazemos uma retirada de nossa própria conta relacional co m todos aqueles que presenciam.

- Eu defino motivação como qualquer comunicação que influencie as escolhas. Como líderes, podemos fornecer todas as condições, mas são as pessoas que devem fazer as próprias escolhas para mudar.

Liderança e amor são questões ligadas ao caráter. Paciência, bondade, humildade, abnegação, respeito, perdão, honestidade e compromisso são as qualidades construtoras do caráter, são os hábitos que precisamos desenvolver e amadurecer se quisermos nos tornar líderes de sucesso, que vencem no teste do tempo.

Em suma, pensamentos tornam-se ações, ações tornam-se hábitos, hábitos tornam-se caráter, e nosso caráter torna-se nosso destino.

E a recompensa de tudo isso é a alegria, que é um sentimento profundo, que não depende de circunstâncias externas. A maioria dos grandes líderes que se apoiaram na autoridade tem falado dessa alegria: Buda, Jesus Cristo, Gandhi, Marthin Luther King, Madre Teresa. Alegria é satisfação interior e a convicção de saber que você está verdadeiramente em sintonia com os princípios profundos e permanentes da vida. Servir aos outros nos livra das algemas do ego e da concentração em nós mesmos que destroem a alegria de viver.

FONTE: Baseado no livro “O Monge e o Executivo” (James C. Hunter) - Ultima Atualização: 12/11/2012

 
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